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domingo, 20 de maio de 2007

Noites de Cabíria


Ontem às 19:30 no Sesc, o CineClube Silenzio exibiu o filme "Noites de Cabírias" Uma das obras-primas do cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993), na época de seu lançamento uma sequência foi vetada pela Igreja , em 1957. Noites de Cabíria levou o Oscar de melhor filme estrangeiro e melhor atriz em Cannes para Giuletta Masina, mulher do diretor e protagonista de Julieta dos Espíritos e A Estrada da Vida, também de Fellini.
Cabiria é uma prostituta baixinha, elétrica e desprovidada de malicia que acredita no amor perfeito e na sinceridade humana , mas sempre se decepciona. Após ter tentado tudo, inclusive ajuda divina, ela acha seu pretendente dos sonhos no local e hora mais inapropriados. Apesar da personagem ser uma prostituta e aparencia uns 40 e poucos anos, ela demostra a ingenuidade de uma criança e a graça de uma boneca.
A passagem vetada pela Igreja é bem mais inocente do que a profissão da protagonista. É o encontro de Cabíria com um homem caridoso, esteriotipo do bom samaritano, que sai pela cidade distribuindo alimentos aos mendigos em um saco. Para a Igreja, este tipo de caridade individual pressupõe a indiferença da instituição laica frente à miséria, uma passagem mais indecente que o ganha-pão da prostituta mais comovente do cinema.
No debate, o grupo apontou os paradigmas enfrentados pelas mulheres, na sociedade, a forma que sociedades trata a prostituição, os preconceitos de si mesmo que a personagem apresenta, a necessidade de se auto afirmar, quando ela orgulha-se de morara no que é dela, a mentira ao tenta convencer a todos e a si propria de que tem tudo o que quer e precisa, e os artifícios que ela usa de "anestesia", para poder se elvantar e seguir a vida. Também foi feita uma analogia, com o filme "Amelie Poulain", entres Cabíria e Amelie, devido a forma sonhadora de encararar as frustrações enfrentadas no decorrer das historias.
Quem tiver a oportunidade de apreciar não exite, vale apena!
No próximo sabado o filme da vez, será "Não matarás", de 1988, do diretor polonês Krzystof Kieslowski. Todos estam convidados a participar!

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